domingo, 22 de abril de 2012

Psicofonia



A PSICOFONIA

         O fenômeno da psicofonia ou incorporação é caracterizado pelo chamado envolvimento mediúnico que significa um entrosamento das correntes mentais e vibratórias do médium com o Espírito comunicante.
         


No fenômeno mediúnico, durante o transe, o médium apresenta condições favoráveis à assimilação das correntes mentais com as quais se afiniza.
         Isso se dá pela irradiação perispirítica, que permite ao médium maior liberdade, podendo ser influenciado pelo campo vibratório dos Espíritos encarnados. Havendo a sintonia vibratória o médium passa a sentir, receber ou entender vibrações mentais da entidade comunicante.
         Todavia, essa assimilação de correntes mentais não se dá apenas entre os dois participantes do fenômeno mediúnico, pois as demais pessoas que participam da reunião têm importância fundamental, podendo colaborar decisivamente para o bom êxito da empreitada, como também ser causa no fracasso da ligação médium-espírito, por ter, através de seus pensamentos, determinado um clima à realização dos fenômenos. Assim, todos os participantes, médium, esclarecedor, espírito comunicante, mentores espirituais, tem grande importância na realização do intercâmbio mediúnico.
         Incorporação mediúnica é a forma de mediunidade que se caracteriza pela transmissão falada das mensagens dos espíritos. É, em nossos dias, a faculdade mais encontrada na prática mediúnica. Pode-se dizer que é uma das mais úteis, pois, além de oferecer a oportunidade de diálogo com os Espíritos comunicantes, ainda permite a doutrinação e consolação dos espíritos pouco esclarecidos sobre as verdades espirituais.
         O papel do médium seja ele consciente ou não, é sempre passivo, visto que servindo de intérprete neste intercâmbio, deve compreender o pensamento do Espírito, comunicante e transmite-lo sem alteração, o que é mais difícil quando menos treinado estiver.
         A incorporação é também denominada psicofonia, sendo esta denominação preferida por alguns porque acham que incorporação poderia dar a idéia do Espírito comunicante penetrando o corpo do médium, fato que sabemos não ocorrer.
         Médiuns Conscientes – Pode se dizer que um médium consciente é aquele que durante o transcurso do fenômeno tem consciência plena do que está ocorrendo. O Espírito comunicante entra em contato com as irradiações perispirituais do médium, e, emitindo também suas irradiações perispirituais, forma a atmosfera fluídica capaz de permitir a transmissão do seu pensamento ao médium, que, ao capta-lo, transmitirá com as suas possibilidades, em termos de capacidade intelectual, vocabulário, gestos, etc.  Os médiuns de psicofonia são classificados em: conscientes, semi-inconscientes e inconscientes.
         O médium age como se fosse um intérprete da idéia sugerida pelo espírito, exprimindo-a conforme sua capacidade própria de entendimento.
         Esta forma de mediunidade será tanto mais proveitosa quanto maior for à cultura do médium e suas qualidades morais, a influência de espíritos bons e sábios, a facilidade e a fidelidade na filtração das idéias transmitidas. Seu desenvolvimento exige estudo constante, bom senso e análise continua por parte do médium.
         Médiuns semi-conscientes – exteriorização perispíritica em presença do espírito comunicante, com o qual possui a devida afinidade; ou quando houver o ajustamento vibratório para  que a comunicação se realizasse. Há irradiação e assimilação de fluidos emitidos e pelo médium, formando a chamada atmosfera fluídica. E então ocorre a transmissão da mensagem do Espírito para o médium.
         O médium vai tendo consciência do que o espírito transmite à medida que os pensamentos daquele vão passando pelo seu cérebro, todavia o médium deverá identificar o padrão vibratório e a intencionalidade do espírito comunicante, tolhendo-lhe qualquer possibilidade de procedimentos que firam as normas da boa disciplina mediúnica.
         Ainda na forma semi-consciente, embora em menor grau que na consciente, poderá haver interferência do médium na comunicação como repetição de frases, gestos que lhe são próprios, motivo porque necessita aprimorar sempre a faculdade, observando bem as suas reações no fenômeno, para prevenir que tais fatos sejam tomados como “mistificação”. Essa é a forma mais disseminada da mediunidade de incorporação.
         Geralmente, o médium, procedendo a comunicação, sente uma frase a lhe repetir insistentemente no cérebro e somente após emitir essas primeiras fase é que as outras surgirão. Terminada a transmissão da mensagem, muitas vezes o médium só lembra vagamente do que foi tratado.
         Médiuns inconsciente – Esta forma de mediunidade de incorporação caracteriza-se pela inconsciência do médium quanto a mensagem que por seu intermédio é transmitida. Isto se verifica por se dar uma exteriorização perispiritual total do médium.
         O fenômeno se dá mesmo nas formas anteriores, somente que numa gradação mais intensa. Exteriorização perispiritual, afinização com a entidade que se comunicará, emissão e assimilação de fluídos, formação da atmosfera necessária para que a mensagem se canalize por intermédio dos órgãos do médiuns, são indispensáveis.
         Embora inconsciente da mensagem, o médium é consciente do fenômeno que está se verificando, permanecendo, muitas vezes, junto da entidade comunicante, auxiliando-a na difícil empreitada, ou, quando tem plena confiança no espírito que se comunica, pode afastar-se em outras atividades.
         O médium, mesmo na incorporação inconsciente, é o responsável pela boa ordem do desempenho mediúnico, porque somente com o seu consentimento, ou com sua colaboração, poderá o espírito realizar alguma coisa.
         Geralmente o médium, ao recobrar sua consciência, nada ou bem pouco recordará do ocorrido ou da mensagem transmitida. Fica uma sensação vaga comparável ao despertar de um sonho pouco nítido em que fica uma vaga impressão. Mas que a pessoa não saberá afirmar com certeza do que se tratou.

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