segunda-feira, 27 de junho de 2011

Símbolos da maçonaria



                 
Símbolos - Simbolismo - Simbologia  
  • "O Simbolismo transforma os fenômenos visíveis em uma idéia, e a idéia em imagem, mas de tal forma que a idéia continua a agir na imagem, e permanece, contudo, inacessível; e mesmo se for expressa em todas as línguas, ela permanece inexprimível. Já a Alegoria, transforma os fenômenos visíveis em conceito, o conceito em imagem, mas de tal maneira, que esse conceito continua sempre limitado pela imagem, capaz de ser inteiramente apreendido e possuído por ela, e inteiramente exprimido por essa imagem."
  • Goethe

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A Maçonaria, é definida através das instruções maçônicas inglesas, como um sistema peculiar de moralidade, velado por alegorias e ilustrado por símbolos.
Em sua "Encyclopedia of Freemasonry", o sábio Albert Galatin Mackey prefere ir mais longe:
"A Maçonaria é um sistema de moralidade desenvolvido e inculcado pela ciência do simbolismo. Este caráter peculiar de instituição simbólica e também a adoção deste método genuíno de instrução pelo simbolismo, emprestam à Maçonaria a incolumidade de sua identidade e é também a causa dela diferir de qualquer outra associação inventada pelo engenho humano. É o que lhe confere a forma atrativa que lhe tem assegurado sempre a fidelidade de seus discípulos e a sua própria perpetuidade."
De fato, a Maçonaria adotou o método de instrução, ela não o inventou.
A simbologia é a ciência mais antiga do mundo e o método de instrução dos homens primitivos. É graças a ela que tomamos conhecimento hoje, da sabedoria dos povos antigos e dos filósofos. O acervo religioso, cultural e folclórico da humanidade está preservado através do simbolismo, desde a pré-história.
O princípio do pensamento simbólico está fincado em uma época anterior à história, nos fins do período paleolítico. Os mestres da humanidade primitiva, podem ser facilmente localizados, através de estudos sobre gravações epigráficas.
A Maçonaria é a legítima herdeira espiritual das sociedades iniciáticas da antiguidade, porque perpetua o tradicional método de instrução, no ensinamento de suas doutrinas.
Nicola Aslan, em sua obra "Estudos Maçônicos sobre Simbolismo", divide os símbolos maçônicos em cinco classes principais:
1. Símbolos religiosos, místicos e tradicionais:
Deus, a criação e perfeição
São representados pelo Selo de Salomão ou Escudo de Davi (Estrela de Davi).
Estrela de Davi
Evocação da idéia de Deus
Representada pelo Triângulo, Delta Luminoso ou por Três Pontos ˆ
3 Pontos

(detalhe da nota de um dolar americano)
Sol
Representado pelo Círculo com um ponto central.
Símbolo do Sol - Círculo com um ponto central
Símbolo do Poder
Representado pelo TAU grego.
2. Símbolos da Arte da Construção:
Medida na pesquisaRepresentada pelo Compasso.
Retidão na ação
Representada simbolicamente pelo Esquadro.
Vontade na aplicação
Representada pelo Malho (ou Malhete).
Malho
Discernimento na investigação
Representado pelo Cinzel.
Profundeza na observação,
Representada pela Perpendicular (prumo).
Emprego correto dos conhecimentos,
Representado pelo Nível.
Precisão na execução,
Representada pela Régua.
Poder da vontade,
Representado pela Alavanca.
Benevolência para com todos,
Representada pela Trolha.
Trabalho constante,
Representado pelo Avental.
O dualismo,
Representado pelo Pavimento de Mosaico.

O chão branco e preto representa o bem e o mal, a luz e as trevaa,ou seja o oposto. (Jackin e Boaz  são duas colunas de cobre, e que ficavam à frente do Templo de Salomão)
O Trabalho do Aprendiz,
Representado pela transformação da Pedra Bruta na Pedra Polida (Pedra Cúbica).

Selo dos Correios - Brasil 2004
Desbastando a Pedra Bruta
(veja também: Filatelia Maçônica)
3. Símbolos herméticos e alquímicos:
Os quatro elementos herméticos,
Representados pelos elementos clássicos: Ar, Terra, Água, Fogo.
Os três princípios da Grande Obra,
Representados pelo Sal, Mercúrio e Enxofre
(Sal, Mercúrio e Enxofre)


Ainda temos outros símbolos herméticos e alquímicos, como por exemplo:




  • O Sol e a Lua;




  • Coluna B (Boaz ou Booz) e Coluna J (Jachim);




  • O VITRIOL (Visita Interiora Terrae Rectificando Invenies Occultul Lapidem, que significa "visita o interior da terra e, retificando-te, encontrarás a pedra oculta");




  • Outros símbolos ocultos

O Sol e a Lua

Colunas J e B

(VITRIOL)
4. Símbolos com significado particular:
A união entre os Maçons,
Representada pela Romã.
A cooperação para atingir o mútuo desenvolvimento,
Representada pela Colméia.
A união fraternal,
Representada pela Cadeia de União.
(Cadeia da União)
A luz do aprendizado, do conhecimento e da revelação,
Representada pela Lamparina.
A iluminação,
Representada pela Estrela flamejante.
O conhecimento,
Representado pela letra G. Sétima letra do alfabeto latino e terceira letra do alfabeto grego (Gama). Ghimel, em fenício e em hebráico, Gomal em siríaco e Gun em árabe. A letra G é equivalente ao Gama grego - O Conhecimento - (de Gnosis). Representa o Grande Arquiteto do Universo e a ciência da Geometria.
O equilíbrio,
Representado pelas colunas da Sabedoria, Força e Beleza.

Colunas maçônicas representando
a Sabedoria, Força e Beleza
(veja também: Filatelia Maçônica)
A imortalidade e inocência,
Representadas pelo ramo de Acácia.
O amor e a abnegação,
Representados pelo Pelicano.
5. Outros símbolos tradicionais:
Pitagóricos,
Representados pelos números, pelo Pentagrama (estrela de cinco pontas), pela Proporção Áurea (ou Proporção Dourada) e pelo Teorema de Pitágoras.
Cabalísticos,
Representados pelas sefirotes ou sefiras (manifestações ou esferas da Árvore da Vida). Keter: Coroa
Binah: Compreensão
Hochma: Sabedoria
Daath: Gnose ou Conhecimento
Gevura: Julgamento
Hesed: Misericórdia
Hod: Reverberação
Tepheret: Equilíbrio/Beleza
Netzah: Eternidade
Yesod: Fundação
Malcut: Reino
Geométricos (ex: Círculo, Triângulo, etc.), religiosos e muitos outros que servem a um significado maçônico. (outros símbolos)



   
Com muita propriedade, Jean-Pierre Bayard, em sua obra "A Franco-Maçonaria", define o simbolismo: "O simbolismo é a linguagem da ascese. Para além do tempo e do espaço, liga a dimensão individual quotidiana, psicológica à escala cósmica, supra-individual. Pode variar na sua expressão, nas suas representações exteriores, mas os seus fundamentos permanecem imutáveis". Diz ele, que "os símbolos não são simples imagens passivas, transformadores de energia psíquica, modificam a natureza secreta do homem. O símbolo não é um conceito sábio, em entidade abstrata, mas sim uma lei profunda, que exerce o seu poder sobre a natureza interior do ser humano. O símbolo permite a transmissão da mensagem, veicula o elemento central da idéia, para além das diferenças de cultura e de civilização. Ele é intemporal.
    Em Les Cahiers du Pélican, em seu no. 10, André Pothier, destaca:
"O símbolo oferece-se em silêncio àquele cujos olhos do coração estão abertos".


                                Foto da 1ª bandeira dos Estados Unidos

                           

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